Ultrapassando Marte: a velocidade da Terra em destaque
Em fevereiro, a Terra inicia uma nova etapa em sua jornada cósmica: a ultrapassagem de Marte. Como nosso planeta avança mais rapidamente em sua órbita ao redor do Sol, deixamos Marte para trás e passamos a nos aproximar de outros mundos distantes. Agora, é Netuno que entra em foco.

Netuno em retrogradação: um efeito da nossa perspectiva.
Netuno, o oitavo planeta do Sistema Solar, está aproximadamente 30 vezes mais distante do Sol do que a Terra. Mesmo sendo visível apenas com telescópios, sua presença é marcante. Quando a Terra o ultrapassa, ele parece mudar de direção no céu – é o fenômeno conhecido como movimento retrógrado. Isso não significa que Netuno realmente se move para trás, mas sim que a perspectiva da Terra, em sua órbita mais rápida, faz com que pareça assim.

O tempo de Netuno: uma órbita de 165 anos
Netuno é um gigante gasoso com um volume cerca de 60 vezes maior que o da Terra. Ele leva impressionantes 165 anos para completar uma volta ao redor do Sol. Em um ano terrestre, Netuno se move apenas dois graus em sua órbita. É como se ele quase não saísse do lugar enquanto continuamos nossa jornada ao redor da estrela que nos ilumina.
Os planetas exteriores e suas órbitas lentas
Todos os planetas que estão além de Marte – Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e o distante Plutão – percorrem trajetórias muito mais longas e lentas ao redor do Sol. Urano leva 84 anos para completar sua órbita, Saturno demora 30 anos e Júpiter, 12. Plutão, o mais excêntrico, chega a cruzar a órbita de Netuno em seu caminho elíptico, completando sua volta em 248 anos.
A conjunção de Júpiter e a Lua: um espetáculo no céu
Recentemente, o céu nos brindou com uma bela conjunção entre Júpiter e a Lua. Esse alinhamento aparente nos permite localizar o gigante gasoso com mais facilidade. Mesmo a olho nu, Júpiter se destaca como um ponto muito brilhante no céu, e com binóculos, é possível observar até quatro de seus satélites naturais. Eles giram tão rápido que mudam de posição noite após noite.
Urano e seus dias extremos
Urano é um planeta peculiar. Seu eixo de rotação é tão inclinado que ele parece rolar em sua órbita. Isso cria dias e noites que duram 42 anos terrestres cada, pois uma metade do planeta permanece iluminada enquanto a outra fica imersa na escuridão durante metade de sua longa órbita de 84 anos.
Plutão e a valsa sincronizada com Netuno
Plutão, apesar de ser menor do que a nossa Lua, guarda curiosidades fascinantes. Acompanhado de seu satélite Caronte, com o qual forma um sistema duplo, Plutão possui uma órbita tão inclinada e excêntrica que por vezes adentra a região orbital de Netuno. No entanto, graças a uma incrível sincronia orbital, esses dois mundos jamais colidem.
Descobertas reveladoras: os anéis invisíveis
A observação de Netuno diante de estrelas distantes revelou a existência de seus anéis, fenômeno confirmado mais tarde pela sonda Voyager 2. Foi também com ajuda de sondas espaciais que descobrimos os anéis finos de Júpiter, invisíveis aos telescópios terrestres. Hoje, os majestosos anéis de Saturno estão ao alcance de todos que desejam explorar o cosmos.
Exoplanetas: o Sistema Solar como referência
Os astrônomos já detectaram planetas ao redor de outras estrelas, muitos deles com massas comparáveis à de Júpiter. Isso nos leva a imaginar: se alguém em um sistema distante estivesse observando nosso Sol, provavelmente conseguiria ver Júpiter com facilidade, mas a pequena e próxima Terra talvez passasse despercebida.
🌌 Continue sua viagem cósmica
O Sistema Solar é um palco de movimentos grandiosos e lentos, que moldam o ritmo do tempo e da existência. Se você gostou de conhecer mais sobre a dança dos planetas exteriores e quer continuar explorando os mistérios do universo, compartilhe este artigo visite nosso canal Viagem Cósmica! ✨
Nos vemos na próxima jornada. Boa viagem — todos em órbita.