Uma descoberta astronômica impressionante!
Astrônomos identificaram o maior e mais distante reservatório de água já encontrado no universo. Ele contém uma quantidade absurda: equivalente a 140 trilhões de vezes a água de todos os oceanos da Terra. Este colosso de vapor d’água está localizado ao redor do quasar APM 08279+5255, na constelação de Lynx, a mais de 12 bilhões de anos-luz de distância.
Essa descoberta não só revela a existência de água em uma época em que o universo ainda era jovem, como também desafia o que sabíamos sobre os elementos essenciais à vida.
O que torna o quasar APM 08279+5255 tão especial?
O quasar estudado abriga um buraco negro supermassivo com uma massa 20 bilhões de vezes maior que a do Sol. Ele emite uma quantidade de energia equivalente a mil trilhões de sóis, sendo uma das fontes mais luminosas do cosmos.
No seu centro, um disco de gás e poeira gira rapidamente, sendo consumido pelo buraco negro enquanto libera enormes quantidades de energia — esse processo violento cria as condições ideais para a presença de vapor d’água em larga escala.
Como os cientistas detectaram tanta água?
A detecção foi feita com instrumentos capazes de captar comprimentos de onda milimétricos e submilimétricos, ideais para identificar assinaturas espectrais do vapor d’água. Com isso, foi possível medir o tamanho do reservatório e compará-lo com a Via Láctea.
O resultado? A quantidade de água nesse quasar é 4.000 vezes maior que a encontrada em nossa galáxia. Isso revela que o vapor d’água já era abundante em uma era extremamente primitiva do universo, há mais de 12 bilhões de anos.
Vapor d’água: mais do que uma curiosidade cósmica.
Esse gigantesco reservatório de água está espalhado por uma região que abrange centenas de anos-luz ao redor do buraco negro. O vapor é aquecido por radiação infravermelha e raios-X emitidos pelo quasar, tornando-o extremamente quente e denso — mesmo para padrões astronômicos.
A temperatura do gás, por exemplo, está em torno de -53 °C, e sua densidade é 300 trilhões de vezes menor do que a da atmosfera terrestre. Ainda assim, ele é até 10 vezes mais denso do que o gás típico em galáxias como a nossa.
O que essa descoberta significa para a ciência?
A presença de tanta água em uma fase tão antiga do universo reforça a ideia de que a água é um elemento universal, essencial desde os primeiros bilhões de anos. Também oferece pistas valiosas sobre a formação e evolução dos buracos negros supermassivos e de suas galáxias hospedeiras.
Além disso, medições do vapor de água e do monóxido de carbono indicam que há gás suficiente para alimentar o buraco negro até que ele cresça seis vezes mais. No entanto, parte desse material pode acabar formando estrelas ou sendo expulso da região.
Um novo capítulo na exploração cósmica.
Essa descoberta só foi possível graças ao avanço da tecnologia que permite observar o universo profundo. Ela inaugura uma nova era na astronomia, em que mesmo os componentes mais fundamentais da vida podem ser estudados em suas origens cósmicas.
E à medida que desenvolvemos instrumentos ainda mais potentes, a expectativa é que novos mistérios do universo venham à tona, desafiando e expandindo nosso entendimento do cosmos.
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