Uma descoberta que pode mudar tudo
Em um marco histórico para a astronomia, cientistas detectaram os sinais mais fortes até hoje de possível vida fora da Terra. Utilizando o telescópio espacial James Webb (JWST), foram encontradas na atmosfera do exoplaneta K2-18 b impressões químicas de gases que, na Terra, só são produzidos por organismos vivos. A descoberta, embora ainda não definitiva, é o indício mais promissor já registrado na busca por vida alienígena.
Gases associados à vida terrestre
Dois compostos em especial chamaram atenção: dimetil sulfeto (DMS) e dissulfeto de dimetila (DMDS). Ambos são produzidos por fitoplâncton e bactérias marinhas no nosso planeta. A presença desses gases na atmosfera de K2-18 b não pode ser explicada, segundo os cientistas, sem alguma forma de atividade biológica — ou pelo menos com base no conhecimento atual.
Um mundo distante e peculiar
K2-18 b está localizado a cerca de 124 anos-luz da Terra, na constelação de Leão. Com massa 8,6 vezes maior e diâmetro 2,6 vezes maior que o da Terra, ele orbita na chamada zona habitável de uma estrela anã vermelha — ou seja, a região ao redor da estrela onde a água líquida pode existir na superfície.

O que são mundos hiceanos?
Segundo os cientistas, K2-18 b pertence a uma nova classe de planetas chamada mundos hiceanos — nome que une “hidrogênio” e “oceano”. Esses mundos seriam ricos em hidrogênio, cobertos por oceanos de água morna e propícios ao desenvolvimento de vida microbiana. Desde 2021, astrônomos já vinham especulando que K2-18 b seria um forte candidato a esse tipo de planeta.
Bioassinaturas detectadas com alta confiança
O telescópio James Webb detectou sinais de DMS e DMDS com 99,7% de confiança estatística. Isso significa que a chance de erro é de apenas 0,3%, um número extremamente pequeno em ciência. Para efeito de comparação, as quantidades desses compostos detectadas em K2-18 b seriam milhares de vezes maiores do que as presentes na atmosfera terrestre.
Cautela antes da confirmação
Apesar do entusiasmo, os cientistas foram cuidadosos em suas declarações. Nikku Madhusudhan, astrofísico da Universidade de Cambridge e autor principal do estudo, destacou que ainda é cedo para confirmar a existência de vida:
“Não interessa a ninguém afirmar prematuramente que detectamos vida. Precisamos repetir as observações e testar todos os cenários possíveis.”
Como o telescópio identificou os gases?
A análise foi feita por meio do método de trânsito, que consiste em observar a luz da estrela quando o planeta passa à sua frente. Parte dessa luz atravessa a atmosfera do planeta e, ao ser filtrada, revela a composição química por meio de assinaturas espectrais. Assim, foi possível identificar os compostos presentes em K2-18 b com enorme precisão.
Por que essa descoberta é tão importante?
Caso esses sinais sejam confirmados como produto de atividade biológica, isso significaria que a vida pode ser comum na galáxia. E mais: a vida microbiana pode prosperar em ambientes completamente diferentes da Terra, como oceanos quentes sob atmosferas ricas em hidrogênio.
O que vem a seguir?
A equipe científica pretende repetir as observações duas ou três vezes nos próximos anos para reduzir ainda mais a margem de erro e confirmar os resultados. Se a presença de bioassinaturas for comprovada, essa poderá ser a primeira evidência concreta de vida fora do nosso planeta.
Estamos mais perto do que nunca de encontrar vida extraterrestre
A descoberta no planeta K2-18 b é mais um passo na jornada cósmica da humanidade em busca de companhia no universo. Ainda há perguntas sem resposta, mas os dados apontam para um cenário incrivelmente promissor. Pela primeira vez, talvez estejamos vendo a assinatura de vida além da Terra.
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