A Páscoa Ortodoxa e os Mistérios do Tempo !

O calendário que não segue o nosso.

Estamos em época de comemorar a Páscoa Ortodoxa, celebrada segundo o calendário Juliano — aquele criado por Júlio César. Esse calendário possui um atraso de 13 dias em relação ao que usamos hoje, o Gregoriano. Mas por que essa diferença existe?

A conta do tempo que quase deu certo.

O calendário Juliano considera o ano com 365 dias e 6 horas. Isso exige um dia extra a cada quatro anos: o famoso 29 de fevereiro. Ainda assim, ele se atrasa em dois terços de dia a cada século. Parece pouco, mas em 1600 anos, o acúmulo já somava dez dias.

Quando o Papa acertou os ponteiros do tempo?

Para corrigir esse desvio, o Papa Gregório XIII reformulou o calendário em 1582, eliminando esses 10 dias acumulados e determinando que anos de fim de século não teriam dia bissexto — exceto se forem múltiplos de 400. Assim surgiu o calendário Gregoriano, que seguimos até hoje.

Um tempo para cada cultura.

Nos países de tradição ortodoxa, o calendário Juliano permaneceu. Como não foram feitas as correções do calendário Gregoriano, o descompasso aumentou: além dos 10 dias iniciais, somaram-se mais 3 nos séculos XVII, XVIII e XIX. Resultado? Hoje temos um atraso de 13 dias. A Terra continua girando igual, mas nós seguimos calendários diferentes — navegando com tempos próprios.


O cometa Hale-Bopp e a viagem de Orion

O cometa mergulha entre os planetas.

Enquanto celebramos a Páscoa Ortodoxa, o cometa Hale-Bopp mergulha no plano dos planetas antes de se afastar do nosso campo de visão. Ele passa diante da constelação de Orion, uma das mais fáceis de reconhecer no céu noturno.

Orion: uma bússola cósmica.

Em fevereiro, Orion aparece no sul por volta das 21h. Para reencontrá-la agora, é preciso olhar mais para a direita, na direção sudoeste. Em dois meses, ela desaparecerá atrás do Sol. Não porque tenha se movido, mas porque nós avançamos em nossa órbita em torno do astro-rei. Um lembrete de que o céu muda porque a Terra se move.


Asteroides: os restos do início do Sistema Solar

Nem todos os astros são planetas.

A passagem do cometa nos lembra que o Sistema Solar não se limita a planetas. Existem bilhões de asteroides, especialmente concentrados entre Marte e Júpiter, na região conhecida como Cinturão de Asteroides.

Como surgiram os asteroides?

Durante muito tempo, pensava-se que os asteroides eram restos de um planeta destruído. Hoje, os cientistas acreditam que eles são sobras da nuvem de poeira e gás que deu origem ao Sistema Solar — matéria que nunca se juntou para formar um planeta.

Os motoristas do espaço.

Os asteroides circulam em órbitas irregulares e podem cruzar o caminho da Terra. A maioria é pequena e se desfaz na atmosfera. Mas alguns são enormes. Em 1908, um asteroide do tamanho de um prédio devastou 2.000 km² de floresta na Sibéria. Outros, como o asteroide Gaspra, são do tamanho de ilhas e podem causar destruição global.

Monitoramento constante.

Felizmente, radares modernos monitoram esses objetos. Se um asteroide estivesse vindo em direção à Terra, poderíamos interceptá-lo com um foguete e desviá-lo. Por enquanto, nenhuma ameaça real foi detectada.


O passado intacto em rochas do espaço

Asteroides como cápsulas do tempo.

Enquanto os planetas sofreram transformações extremas com calor, pressão, vulcões, erosão e atmosferas, os asteroides permaneceram praticamente intactos. Sem atmosfera, sem pressão e sem erosão, eles são cápsulas do tempo — contendo matéria primitiva do início do Sistema Solar.

O que os asteroides podem nos revelar?

Explorar asteroides pode nos ajudar a entender como o Sistema Solar — e a própria vida — surgiu. Afinal, nós também somos feitos da mesma matéria que compõe esses corpos espaciais.


A viagem continua com você

Você está viajando pelo Sistema Solar na nossa nave espacial Terra. A cada volta, novas descobertas nos aguardam, revelando como o tempo, o espaço e a matéria se entrelaçam em nossa existência.

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O universo é mesmo Fascinante !

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