Mercúrio e Marte: Uma Jornada pelo Sistema Solar em Direção ao Solstício

Do equinócio ao solstício: a dança da Terra ao redor do Sol

A Terra continua sua jornada ao redor do Sol, e nos aproximamos do solstício de verão, que ocorrerá no dia 21 de junho. É a época do ano em que teremos o dia mais longo, marcando o ápice da inclinação do eixo terrestre em relação ao Sol no hemisfério norte. Durante essa etapa orbital, vivenciamos diversos encontros celestes — e entre os mais intrigantes estão Mercúrio e Marte, nossos vizinhos planetários.

A timidez de Mercúrio: um planeta próximo demais do Sol

A cada quatro meses, a Terra se alinha novamente com Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol. No entanto, observar Mercúrio não é tarefa fácil. Por estar tão perto do astro-rei, ele costuma ser engolido por seu brilho ofuscante. Mesmo quando se afasta ligeiramente, o planeta aparece por pouco tempo no céu da manhã, logo sendo encoberto pela luz do Sol nascente.

Quando Mercúrio atinge sua maior elongação (ponto mais afastado angularmente do Sol no céu), temos uma breve janela de visibilidade. Nessa ocasião, ele nasce cerca de 1h30 antes do Sol, permitindo aos observadores vê-lo com mais clareza. Mas esse momento é passageiro — sua rápida órbita (apenas 88 dias terrestres) o faz desaparecer do céu com a mesma velocidade com que surgiu.

Um planeta de extremos: os dias longos e as noites geladas de Mercúrio

Embora Mercúrio gire rapidamente em torno do Sol, sua rotação é extremamente lenta. Isso acontece porque o Sol travou sua rotação por meio de forças de maré. Resultado? Um dia em Mercúrio dura dois anos terrestres! Isso gera contrastes extremos: de 400 °C durante o dia a -150 °C durante a noite.

Imagine um astronauta em Mercúrio: ele enfrentaria um nascer e um pôr do Sol que duram semanas, em um céu sempre escuro, já que o planeta não tem atmosfera para difundir a luz. E durante essa longa noite mercuriana, ele esperaria meses até ver a luz solar novamente.

Copérnico e o mistério de Mercúrio

O astrônomo Nicolau Copérnico, mesmo sendo responsável por uma das maiores revoluções científicas ao defender que a Terra gira ao redor do Sol, nunca viu Mercúrio com os próprios olhos. Morreu em 1543, no mesmo ano em que publicou sua obra-prima. Até hoje, Mercúrio continua sendo um desafio para os observadores.

Marte: o vizinho vermelho e suas estações geladas

À noite, após o pôr do Sol, Marte pode ser visto brilhando no céu do sul, com sua característica coloração avermelhada. Isso se deve à camada de óxido de ferro que cobre sua superfície, conferindo ao planeta o apelido de “planeta vermelho”.

Marte é um dos mundos mais semelhantes à Terra. Seu dia dura praticamente o mesmo que o nosso, e seu eixo é inclinado, gerando estações do ano. No entanto, essas estações são mais longas e muito mais frias, pois Marte está mais distante do Sol e leva cerca de dois anos terrestres para completar uma volta ao seu redor. As temperaturas variam entre -90 °C e -130 °C, especialmente nos polos, que possuem calotas de gelo sazonais.

O sonho da colonização e a precisão de Kepler

Marte é o único planeta onde vislumbramos a possibilidade de estabelecer presença humana. Por enquanto, apenas sondas e robôs exploram sua superfície, graças a cálculos precisos feitos ainda no século XVII por Johannes Kepler. Ele descobriu que os planetas mais próximos do Sol se movem mais rapidamente — um conhecimento fundamental para planejar missões espaciais.

As viagens para Marte não ocorrem em linha reta, mas sim por meio de órbitas elípticas cuidadosamente calculadas, aproveitando os momentos em que Marte está mais próximo da Terra. A viagem leva cerca de nove meses, seguida de uma longa estadia, até que os planetas estejam novamente alinhados para o retorno — este, por estar mais próximo do Sol, é mais rápido devido ao aumento da velocidade orbital.


Embarque nessa jornada com o Viagem Cósmica

Estamos viajando pelo Sistema Solar a bordo da nave espacial Terra. Da traiçoeira proximidade de Mercúrio com o Sol às estações congelantes de Marte, cada planeta tem sua própria história para contar — e nós estamos aqui para desvendá-las.

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